[RESENHA PREMIADA] A Garota das Cicatrizes de Fogo, de Ricardo Ragazzo

Essa resenha foi escrita pela madrinha do Jantando Livros, a minha querida Alessandra Regina (@AleLendo). A Alê agora é colaboradora do blog, então ela vai aparecer de vez em quando por aqui com posts super bacanas para vocês. Como post de estreia, ela escolheu resenhar o livro A Garota das Cicatrizes de Fogo, do autor Ricardo Ragazzo, do qual foi leitora beta. Acompanhem a ilustríssima resenha da dinda:

Número de páginas: 256 páginas

Editora: Novo Século

Eu costumo dar muita sorte com material literário, mas esse, até para mim que estou habituada, foi sorte demais!

Li A Garota das Cicatrizes de Fogo, do escritor Ricardo Ragazzo, ainda no manuscrito, então além de ter sido agraciada com a leitura em primeira mão, ainda pude assistir, de camarote, o incrível processo criativo do Ricardo enquanto lapidava a última versão do livro.

O Ricardo Ragazzo é figurinha carimbada da blogosfera, “escritor-internauta” assíduo no tratar com os leitores, é o “pai” de um dos livros nacionais mais comentados de 2012: 72 Horas para Morrer (resenha aqui), um thriller policial - daqueles que você precisa lembrar de respirar - que conta a história do delegado Júlio Fontana e a insana corrida para desvendar a identidade de um serial killer que passa a colocar em risco a vida de sua filha.

Ricardo Ragazzo não é o primeiro, mas sem dúvida, é dos que dará passos bem largos, no desenvolvimento de um gênero ainda em estágio embrionário na literatura nacional: O Urban fantasy.  O “Urban Fantasy” ou “Fantasia Urbana”, no bom português, nada mais é que um subgênero de literatura fantasiosa onde a narrativa é ambientada dentro da rotina de uma cidade normal, alterando, por vezes, a maneira que seus personagens interagem com ela.

Parece simples, né? Mas não é. Os “fantasy’s” precisam proporcionar ao seus leitores, antes de mais nada, a sensação verossímil de que a fantasia é um fato tangível e totalmente credibilizado pela trama, e essa façanha, é sem dúvida, a maior virtude de A Garota das Cicatrizes de Fogo.

Primeiro, vamos dar uma olhada na sinopse divulgada pela editora do livro, a Novo Século:

“Quatro anos após o desaparecimento da filha e a misteriosa morte da esposa, Johnny Falco recebe uma pista que pode ajudá-lo a desvendar o caso. Um homem aparece morto com as mesmas características inexplicáveis de sua mulher: O CORPO NÃO PASSA DE UM ESQUELETO COM PELE.

Seis anos após ter 80% do seu corpo queimado em um atentado, Lisa Gomez acorda em um hospital com uma incontestável diferença: TODAS AS CICATRIZES DE SEU CORPO DESAPARECERAM!

E quando o destino dos dois se cruzarem na pequena cidade de Valparaíso, ambos descobrirão que as tragédias que cercam suas vidas estão muito mais interligadas do que poderiam imaginar.”

Em A Garota das Cicatrizes de Fogo, você vai conhecer – na minha humilde opinião – “O CARA”: Johnny Falco. Não sei precisar há quanto tempo eu não tinha a experiência que me foi repetida com Johnny, mas se minha memória não me trai, creio que deva ter sido na época de meu muitíssimo estimado Hercule Poirot, personagem - e alter ego - da indescritível Agatha Christie. Mas o que eu quero dizer é que “o cara sai do livro”. 

Depois de poucas páginas de A Garota das Cicatrizes de Fogo, Johnny já estava na minha sala, jogou a jaqueta de coro surrada, e inseparável, no meu sofá, e foi procurar um whisky, e muito embora só tenha encontrado um vinho aberto na minha geladeira, bebeu tudo.

Johnny Falco é um personagem atemporal, ele poderia facilmente ajudar a galera do CSI Las Vegas em uma investigação, dar um palpite certeiro em uma dedução descritiva de Sherlock Holmes a Lestrade ou sentar em um canto isolado, praguejando as criaturas do submundo, durante uma festa de Magnus Bane, que aliás, certamente diria: “Falco, por favor, passe este corretivo, suas olheiras estão péssimas...”

Em A Garota das Cicatrizes de Fogo, Johnny está finalmente diante de uma pista concreta. Na cidadezinha de Valparaíso, mortes muito semelhantes a ocorrida há 4 anos com sua esposa, e também desaparecimento de a sua filha, Diana, estão ocorrendo. Mas esta é uma versão bastante resumida da história, então vou enveredar, sem “spoilers”, pelo enredo.

Apesar de Johnny achar que suas respostas estão em Valparaiso, a verdadeira resposta para suas orações chama-se: Lisa Gomez.

Lisa Gomez, ou simplesmente, Liz, teve boa parte de seu corpo queimado em um atentado cruel, cometido por um homem mistério, ocorrido no jardim de sua casa quando tinha apenas 10 anos. Depois de um, dentre tantos períodos de internação no hospital, Liz acorda com o corpo totalmente regenerado, sem nenhuma cicatriz. Na corrida de Liz em busca de respostas para o seu doloroso passado, indecifrável presente e incógnito futuro, ela tem a corajosa e debochada, Débora Vilaça, a encantadora Debby, a melhor amiga que toda garota gostaria de ter.

Lisa está de volta a sua vida, e de todos os problemas que vieram no pacote: Escola, amigos, hormônios e garotos. Leo, um lindo garota de sua escola a convidou para sair, mas o que deveria ser o encontro perfeito, resultou em uma estranha briga que trouxeram para a vida de Liz a única coisa mais assustadora que um garoto: Outro garotos!

O Misterioso Alex parece muito familiar para Liz, ela se sente estranhamente tranquila e segura ao lado daquele garoto que surgiu, sem nenhuma lembrança, no beco ao lado da lanchonete, e os laços que unem Liz e Alex são maiores e mais antigos do que eles ou qualquer um suspeitam.  

Enquanto isso, Johnny Falco continua sua odisseia investigativa, agora na companhia da lindíssima Dra. Tara Zanon, médica legista do Hospital de Valparaiso, em busca de pistas que embora aconteçam em maior número, compreendem cada vez menos em respostas coerentes. Mas Johnny sabe que está no rastro de algo grande, e quando suas pistas levam em direção de Liz e Alex, ele percebe mas talvez não imaginasse o quão grande tudo isso poderia ser!

  “...Certas conversas só podem ocorrer quando estamos bêbados ou sentados. Fato.”  

Dois personagens são extremamente marcantes e cativantes nesta trama: Sal Salvatore, o fiel escudeiro e companheiro no “crime” de Johnny, e é claro, o beberão mais rápido do oeste: O Landau 78 que Johnny dirige.

A Garota das Cicatrizes de Fogo é uma trama Urban Fantasy super envolvente, extremamente bem escrita e cheia de reviravoltas, bem ao estilo de Ricargo Ragazzo. Esta vai ser a primeira, DE MUITAS - estou certa disso - das aventuras de Johnny Falco que vamos ler, rir e vibrar.

E você está no RIO DE JANEIRO e vai a BIENAL, NÃO DEIXE de visitar o stand na NOVO SÉCULO para garantir o seu exemplar de A Garota das Cicatrizes de Fogo, Ricardo Ragazzo vai estar lá todos os dias e a sessão oficial de autógrafos acontece no dia 09 de setembro.

E para fechar o post tem sorteio de um exemplar de A Garota das Cicatrizes de Fogo AUTOGRAFADO para UM de vocês! \o/

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