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4 de julho de 2014

Companhia das Letras no Futebol

E o que estava sendo tão duvidado aconteceu: TÁ TENDO MUITA COPA! É hora de esquecer os problemas sociais, os bons modos e torcer e xingar muito na frente da tv. E não pensem vocês que é só trocar de canal e estarão livres desse evento porque sabemos que não é bem assim. É aquele vizinho chato soltando rojão na hora dos gols, são as rodas de fofoca da firma que só sabem falar de quem tá na frente no bolão, além das propagandas nessa época, que a cada 5, 8 têm relação com o esporte. Mas convenhamos que o que não falta é emoção nesses jogos, não é minha gente? Vamos admitir que a maioria das partidas têm sido agoniantes e quando o nosso Brasil está campo a adrenalina é ainda maior. Hoje mesmo teve jogo da seleção e o que não faltou foi promessas dos torcedores, unhas roídas e no final a suada comemoração. Agora nossa próxima adversária é a Alemanha e vamos fazer uma simpatia torcer muito pelos nossos jogadores e esperar que tudo dê certo. 

Foi pensando nesse clima futebolístico de hoje que nós pensamos em um especial relacionado à nossa maior paixão nacional. Cada um dos blogs organizadores da Semana Companhia das Letras ficou incumbido de indicar a vocês 3 livros publicados pela editora relacionado ao tema. 

Só um parênteses aqui para o Google, que hoje, como em todos os dias dessa Copa, teve sua página inicial personalizada e adivinhem só? A letra "L" do logo era um torcedor lendo um livro sobre futebol! Confiram:



Demais, não é? Então aproveita esse clima de festa, dá o play no vídeo e vem conferir as indicações especiais sobre o nosso futebol:

#shameonme



Lançamentos longos criam mais chances de gol que cruzamentos? Tentar o drible na própria metade do campo pode prejudicar sua equipe? O 4-4-2 é uma formação mais eficiente que o 4-3-3? Sob que condições e contra que rivais? 
Sabemos que no futebol não existe fórmula para a vitória, mas a “dataficação” da vida está se infiltrando no esporte, mostrando a treinadores, jogadores, torcedores e comentaristas que o jeito como as coisas sempre foram feitas não é, necessariamente, a forma como elas devem ser feitas. 
Cientistas e estatísticos criaram formas diferentes para compreender o papel da previsibilidade e da aleatoriedade no futebol, mas a questão essencial que muitos deles discutem atualmente é a mesma. Também é, por acaso, a mesma questão que Charles Reep, o inventor das estatísticas do futebol, tentou responder na década de 1950: partidas de futebol e campeonatos são decididos pelo talento ou pela sorte?

De forma surpreendente, o estatístico Chris Anderson e o especialista em estratégias David Sally mostram por que os números do jogo podem nos ajudar a compreender o futebol em sua essência. Ao ler este livro, você vai descobrir por que os escanteios devem ser cobrados curtinho, por que o futebol é um esporte do elo mais fraco e por que demitir o treinador não resolve absolutamente nada.




O atleta do século. O maior artilheiro de todos os tempos. O rei do futebol. No país da bola, não são poucos os superlativos para descrever este que foi, sem dúvida, o símbolo máximo do esporte no Brasil. Em pouco mais de duas décadas de carreira, Pelé acumulou todos os títulos, marcas e recordes que se podem imaginar. Acumulou também lendas, como a de ter parado uma guerra para que as duas facções adversárias pudessem vê-lo jogar, ou a de quando um juiz, que o havia tirado de campo injustamente, acabou expulso do jogo pela torcida, que estava ali exclusivamente para ver seus gols.
E que gols. Dos mais de mil e duzentos que marcou, há de todos os tipos: por cobertura, driblando o goleiro, de falta, de cabeça. Até os que bateram na trave, como o famoso chute de trás do meio de campo, entraram para a história. Foram esses gols, dribles e passes que, aliados ao seu inegável carisma, o tornaram uma das pessoas mais conhecidas - e reconhecidas - de todo o mundo. 
Por amor ao futebol! é uma celebração dessa carreira. Dirigindo-se aos pequenos esportistas, Pelé fala de como surgiu sua paixão pela bola e do prazer de se estar em campo. Acompanhado das belas ilustrações de Frank Morrison, ele mostra aos jovens aspirantes a boleiros - e, de tabela, a nadadores, tenistas, corredores e a todos aqueles que um dia sonham com um futuro no esporte - que nenhum prêmio, título ou recorde pode prevalecer sobre o amor ao jogo, e que não há reconhecimento capaz de superar a ideia de que devemos viver, e nos dedicar, àquilo que realmente gostamos.

O livro traz ainda dois apêndices. No primeiro, sobre a vida de Pelé, ficamos sabendo mais de sua infância, dos primeiros passes com a bola e de sua ida para o futebol, além da origem do famoso apelido. O segundo, focado em sua carreira, fala dos grandes gols, das passagens pelo Santos Futebol Clube e pela Seleção Brasileira, além das muitas lendas e curiosidades que giram ao redor do Rei. Um prato cheio para quem chegou agora e não viu Pelé jogar, e uma oportunidade para que os outros possam conhecer melhor essa lenda - inteiramente real - do futebol.




Publicados em sua maioria nos jornais Correio da Manhã e Jornal do Brasil, nos quais o autor ocupou cadeira cativa durante muitos anos, os textos de Quando é dia de futebol mostram um Carlos Drummond de Andrade atento ao futebol em suas múltiplas variantes: o esporte, a manifestação popular, a metáfora que nos ajuda a entender a realidade brasileira. São crônicas e poemas escritos a partir da observação do autor sobre campeonatos, Copas do Mundo, rivalidades entre grandes times e lances geniais de Pelé, Mané Garrincha e outros. 
Selecionados por Luis Mauricio e Pedro Augusto Graña Drummond, netos do poeta, os textos oferecem um passeio - muito drummondiano, e portanto leve, inteligente e arguto - por nove Copas do Mundo: de 1954, na Suíça, até a última testemunhada pelo autor, em 1986, no México. Não são, claro, resenhas de certames nem tentativas de análise futebolística. Vão além, em seu aparente descompromisso, pois capturam no futebol aquilo que mais interessava ao autor: a capacidade que o bate-bola tem de estilizar, durante os noventa minutos de duração de uma partida, as grandes paixões humanas.

Confiram os posts do Estante Vertical e do No Universo da Literatura, lá tem outras indicações de livros tão bacanas quanto esses! ;)
Espero que vocês tenham gostado e VAI BRASILLLLLLLLLL!


Um comentário:

  1. Eu fiquei interessada no primeiro livro e acho que você acaba de me dar uma boa ideia de presente para meu marido...ele não lê nem um livro por ano, mas talvez...algo relacionado ao esporte que ele tanto ama desperte o desejo dele pela leitura, né?
    (Se bem que é melhor não...vai que ele toma gosto e começa a disputar espaço em casa comigo e com meus livros...)

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