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23 de junho de 2014

Quem Sabe um Dia, de Lauren Graham





É DO BRASIL! Depois de um hiatus de 3 semanas o Jantando Livros está de volta. O que vocês estão fazendo nesses dias de folga? Lendo muito? Assistindo muito jogo? Apostando em bolões? Eu tenho feito de tudo um pouco e de tudo um nada. Nesse tempo que o blog ficou parado eu pensei bastante e estou revendo algumas coisas para o futuro do blog. Mas isso é papo pra outro post, chega de lero lero, com vocês, a resenha de Quem Sabe um Dia:

Autora: Lauren Graham
Número de páginas: 368
Ano: 2014
Editora: Record

SINOPSE: Quando se mudou para Nova York, Franny Banks deu a si mesma três anos para conseguir se estabelecer como atriz. E agora, em janeiro de 1995, faltando apenas seis meses para o fim do prazo, ela não conseguiu grandes avanços. Todas as suas fichas estão depositadas na Apresentação, uma mostra dos alunos do curso de teatro do qual faz parte com diversos agentes presentes. Assim, resta a Franny lutar contra a conta bancária, o cabelo indomável, o tempo e a própria sorte para conseguir aquilo que acredita ser seu por direito.


Minha primeira relação com Quem Sabe um Dia foi quando eu vi os blogueiros que foram no Piquenique da Galera mostrando e comentando sobre o livro. Naquele momento eu confesso que não me interessei pela capa e então nem procurei saber mais da história. Até que no e-mail dos lançamentos do mês da Editora Record eu li a sinopse e me encantei pela premissa. Decidi solicitar e li. Foi sim uma experiência positiva, mas com algumas ressalvas.

Primeiro eu gostaria de falar um pouco sobre Franny Banks, a protagonista da história, que conseguiu me ganhar logo de cara, com toda a sua irreverência e bom humor. Seu maior sonho é ser uma atriz de sucesso, seja estrelar um espetáculo da Brodway ou ganhar o papel principal em um filme cobiçado. Mas parece que as portas do show business não estão se abrindo muito fácil e se ela quiser se estabelecer nesse ramo vai ter que ralar bastante. O bacana da história é justamente isso: acompanhar a trajetória da protagonista em busca de um espaço na carreira que ela deseja. No fim das contas, Banks representa todas as pessoas que batalham arduamente para serem reconhecidas no que fazem, principalmente com um mercado tão imenso e variado que temos hoje. E se a história ainda vem acompanhada de uma boa dose de humor, melhor ainda! Suas atrapalhadas e seu jeito espontâneo marcam suas características e ajudam a narrativa a funcionar melhor.

Para um livro de estreia eu achei que a autora se saiu bem. Ela possui um jeito dinâmico de narrar a história, colocando no meio do enredo mensagens da caixa postal de Banks, anotações da protagonista em sua agenda, o que dá um ar mais pessoal à trama e diverte o leitor. Apesar disso, eu senti que ela pecou em alguns desdobramentos da narrativa, a história dava voltas e não chegava a lugar nenhum, isso me incomodou bastante durante a leitura e eu achei que faltou elaborar melhor essa parte das resoluções dos problemas, que deixou bastante a desejar. 

Outro ponto que não me convenceu foi o romance. Um dos fatores de eu preferir os chick-lits aos romances propriamente ditos é porque eu não gosto de novelões românticos cheios de mimimi e melação, prefiro quando é algo misturado ao humor, o que acontece no livro, mas ah, pelo amor dos meus filhos, o que ela faz é muito óbvio. Depois, pra tentar salvar a parte amorosa, ela tenta dar uma reviravolta que também não convence. Não, não engoli. 

O final não me surpreendeu, mas também não foi de todo ruim. A história termina sem grandes reviravoltas mas com uma mensagem bastante positiva de superação e vitória. Pra mim o que vale o livro é essa moral de que você precisa correr atrás de seus sonhos apesar de toda as dificuldades e barreiras. Parece clichê, mas é a vida. Li em um bom momento e foi de grande valia pra mim, principalmente nessa época de decisões do vestibular. 

A Editora Record arrebentou mais uma vez e fez uma edição caprichadíssima da obra, ficou incrível. A capa é muito bonita, as folhas são amareladas, a fonte é de um ótimo tamanho e a diagramação é simples, com os detalhes da agenda de Banks no meio da história. 

Falhando em alguns momentos, mas trazendo uma bonita mensagem ao leitor, Lauren Graham mostra que sim, ela tem talento para a literatura, só precisa de alguns ajustes na escrita. Boa estreia, deu bom!



Um comentário:

  1. Oi, Gus!
    As vezes precisamos de um tempo para descansar e pensar no nosso cantinho, certo?
    Eu vi essa capa e não lembro de ter lido alguma opinião ainda, mas achei bem bacana a sua positividade em relação a autora. Muitas vezes lemos um livro cheio de falhas e não demos mais uma chance a autora.
    Bom, gostei da resenha, como sempre.
    Beijos e até mais,
    Ana.
    http://www.umlivroenadamais.com/

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